Acredito, sim! É verdade, não nego. Acho até que, de certo modo, ele é
mais real que eu. Quantas pessoas me conhecem? Quantas sabem que eu
existo? Mas a despeito da ignorância de muitos, eu existo, sim. Isto é,
penso que existo – Penso, logo existo!
E se eu – esse tão
desconhecido – existo, o que dizer do popular Papai Noel? Todos sabem
até mesmo onde ele mora: num lugar encantado, mágico, lá no longínquo
Pólo Norte. Nunca estive lá e não o conheço pessoalmente, mas desconfio
que seria capaz de reconhecê-lo, se os destinos nos fizessem cruzar o
mesmo caminho.
Uma das coisas que mais aprecio no Papai Noel é
que ele nunca muda. Hoje vivemos num mundo tão descartável! Tudo muda o
tempo todo! Mas com o Papai Noel é diferente. Ele é o mesmo ontem, hoje e
amanhã. Desde que o conheci, nada mudou: o mesmo uniforme vermelho, a
mesma barba branca, a mesma barriga saliente, a mesma risada
inconfundível – hou,hou,hou!
Daqui a uns cem anos eu certamente não estarei mais aqui. A vida é curta, efêmera, fugaz. Tentando ser poético, eu diria: "quando penso que sou, fui".
Mas imagino que nos próximos cem anos (quem viver, verá) o Bom Velhinho
ainda estará por aqui, vivo e imutável no imaginário infantil, presente
e atuante nas propagandas e festividades natalinas.
Diante de tantas evidências, não consigo entender por que alguns céticos teimam em duvidar da existência do Papai Noel!
Mas,
sendo honesto, devo confessar que algo mudou em mim. O encanto se foi. A
magia se perdeu. Que pena... É como se tivesse sido despertado de um
sonho encantado, um sonho do qual sinto saudades. O que aconteceu? A
responsta é simples: Deixei de ser menino. Virei adulto. Tenho muitas
contas pra pagar e pouco tempo pra sonhar. Conseqüentemente, o Papai
Noel foi ficando cada vez mais distante...
Constatei, por fim e
para meu desencanto, que o Papai Noel existe numa dimensão diferente
desta em que vivo, estudo, trabalho, sofro e sonho. Lá, nessa dimensão
distante e especial, ele é muito poderoso: conhece todas as crianças do
mundo; é capaz de responder às orações, ou melhor, às cartinhas daquelas
que nele acreditam; é veloz o bastante para circundar o planeta nas
noites de Natal, distribuindo presentes, e por aí vai. Que velhinho
poderoso e cativante! Adoro o Papai Noel. Bom seria se ele pudesse se
mudar desse plano literário-folclórico em que existe e viesse para a
dimensão material-humana na qual estou.
Seria possível essa mudança de dimensão?
Acho
difícil. Talvez impossível. Mas nem por isso ouso negar a existência do
Papai Noel. Sei que ele está lá, em algum lugar, nas historinhas
infantis, no folclore natalino, nas lembranças empoeiradas que preservo
de minha infância distante e feliz, no coração de milhares de crianças
que continuam a escrever-lhe cartinhas impregnadas de amor e
esperança...
Eu ainda acredito em Papai Noel!
Ebenezer Teles Borges
Amei o texto. beijos. otima semana
ResponderExcluireu gostava do espirito de natal q rondava a casa de vovó nessa epoca qnd eu era menor. hj em dia tá tudo tão sem sentido. mas o natal ainda é uma data que esperamos o ano inteiro! p tentar dar uma refletida e resgatar tbm alguns laços.
ResponderExcluiré importante.
beijos
rafaela
ei lidia, acho que no amigo secreto la do blog só vai ter eu, vc e mais uma pessoa. bora deixar pro ano que vem? tudo bem?
ResponderExcluirbeijos!
que lindo o texto garota, adoreiii
ResponderExcluirbjim e boa terça
Amei o post!!
ResponderExcluirFiquei até arrepiada...
pq é verdade mesmo...
Lindo! ta de parabéns!
Lindo texto!!
ResponderExcluirBoa quarta-feira.
Bjus